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Os efeitos da Ibogaína - Relatos de pacientes que fizeram o tratamento.


Alçada desde então como nova esperança de cura para a dependência química, a ibogaína é extraída da planta Iboga, originária do Gabão, no oeste da África. Seu suposto poder de cura começou a ser falado nos anos 60, quando o americano Howard Lotsof, então com 20 e poucos anos e viciado em heroína, viajou para África e foi apresentado ao que julgou ser a viagem mais louca de sua vida por meio da ingestão de ibogaína. Depois de experimentar a substância, Lotsof não sentiu mais vontade de usar heroína e dedicou sua vida a entender esse efeito.

Quando voltou aos EUA, nos anos 80, Lotsof publicou uma série de pesquisas sobre a eficiência da ibogaína para o fim do vício em drogas. Só a partir dos anos 2000, porém, que o assunto foi resgatado por mais cientistas e levado aos laboratórios.

A partir das pesquisas recentes, sabe-se que, além de fazer a pessoa sonhar acordada, a ibogaína tem como efeito forte enjôo e tonturas. "É uma experiência desagradável, a viagem é ruim. O paciente vomita, sente tontura, os pensamentos ficam confusos", explica Dr. Bruno Rasmussen, participante da pesquisa da Unifesp e um dos clínicos dos pioneiros em pesquisa com ibogaína no Brasil. "Esse efeito dura de quatro a oito horas. É muito desconfortável do ponto de vista físico, mas não do ponto de vista mental."

A susbtância, no entanto, não é considerada alucinógena. O psiquiatra chileno Claudio Naranjo descreveu a ibogaína como um oniro frênico, uma substância que faz o cérebro sonhar, e não alucinar. "É um sonho acordado", explica Dr. Rasmussen. "Você está acordado, mas você sonha."

A ibogaína tem efeito que os especialistas chamam de expansão de consciência. Segundo os pesquisadores, faz o paciente perceber quais são as coisas que estão prejudicando sua vida e o que pode fazer para melhorar. O biomédico Eduardo Schenberg, um dos autores da pesquisa da Unifesp e que agora conduz teste clínico com MDMA, explica que é como se a ibogaína mostrasse um filme de horror que faz com que o paciente tome consciência do seu caminho errante. O Felipe ``paciente que fez tratamento com ibogaína´´, contou que é assim mesmo: "Tive muitas lembranças da minha infância, coisas que eu nem sabia, vi imagens assustadoras. Também vi coisas relacionadas à natureza, mas com formas e cores diferentes."

Psicologicamente, a viagem da ibogaína foi o que mudou a vida do Felipe. Ele me contou ao telefone que, apesar de ter passado muito mal, se sentiu muito bem. "Muita coisa mudou, era como se tivessem tirado meu cérebro sujo e me dessem um cérebro novo. Peguei gosto pela leitura, pelo estudo, e eu nunca gostei de estudar. Voltaram algumas coisas que eu tinha dentro de mim e que tinham morrido com a droga, que acaba com a pessoa", relata.

No cérebro, o Dr. Rasmussen explica que a substância faz aumentar um hormônio responsável pela reconexão dos neurônios. "Isso reequilibra os neurotransmissores e faz com que o paciente não tenha mais necessidade de usar droga", diz.

Segundo Dr. Schenberg, existem mais de três mil relatos na literatura médica de sucesso no uso da ibogaína no tratamento de dependentes químicos. Ele conta que o período de abstinência depois de ingerir a substância chega a ser de cinco a oito meses. "A gente entende que isso acontece porque a experiência é tão intensa, em alguns aspectos tão negativa e assustadora – alguns pacientes chegam a acreditar que estão morrendo de fato, mas é uma morte psicológica, um efeito psíquico, não físico – que a pessoa sai do ritmo e consegue dar uma pausa naquela vida", afirma.

Contato para saber mais sobre o tratamento: whatssap 24h: (19) 9.9705.5362

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